Carreira & Gestão
Empreendedorismo universitário
De Parnaíba a Bom Jesus, empresas juniores beneficiam mais de 200 estudantes
Negócios ligados a faculdades e universidades estimulam o empreendedorismo entre jovens universitários
Robert Pedrosa - redacao@pinegocios.com.br
Criadas para aproximar os estudantes universitários do empreendedorismo, as empresas juniores (EJs) têm avançado no Piauí. Segundo levantamento realizado pelo Piauí Negócios, existem atualmente no estado 19 empresas juniores, ligadas a seis instituições de ensino superior públicas e privadas e formadas por 232 estudantes de vários cursos diferentes. Todas elas já faturaram, desde 2016, R$ 600 mil.
Uma EJ é formada e gerida por estudantes universitários, que são orientados por um professor a desenvolverem produtos e serviços de modo a atender demandas do mercado. Segundo a Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), existem no país cerca de 1.600 organizações do tipo, envolvendo 28 mil jovens empreendedores. As EJs também ajudam a fazer estudos, como o Ranking geral das Universidades Empreendedoras, divulgado a cada dois anos.
No Piauí, as 19 empresas juniores são distribuídas em seis municípios (Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano, Paulistana e Bom Jesus). Possuem empresas a Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Instituto Federal do Piauí (Ifpi), Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Faculdade R. Sá e Instituto de Ensino Superior (Icev).
O faturamento das empresas, que não possuem fins lucrativos, fica totalmente alocado dentro das empresas juniores para que seja investido nos próprios alunos, em questões de capacitação e desenvolvimento de habilidades. No entanto, algumas crescem bastante. “Tem muitas empresas juniores milionárias no Brasil, em que pessoas e empresas pagam para que elas prestem serviços como se fossem do mercado sênior", explica o presidente da Federação Piauiense de Empresas Juniores (Piauí Júnior), Amadeu de Moura.
As EJs têm como principal objetivo fornecer aos estudantes uma experiência prática e real de mercado, permitindo que eles apliquem os conhecimentos adquiridos em sala de aula em projetos reais e desafiadores. Através dessa vivência, os alunos desenvolvem habilidades técnicas e comportamentais, como gestão, liderança, trabalho em equipe e resolução de problemas, fundamentais para a formação de profissionais mais completos e preparados para o mundo corporativo.
Amadeu de Moura reforça que um dos principais benefícios é a experiência e conhecimento adquiridos e que possuem uma lei própria devendo ser seguida nacionalmente. “Essa lei determina algumas questões, como por exemplo, a empresa Júnior necessariamente é uma associação privada e não distribui lucros, ou seja, o caixa dela é intocável para pessoas físicas”, afirma.
Atualmente as 19 empresas juniores do Piauí são ligadas aos cursos de nutrição, engenharia elétrica, engenharia civil, arquitetura, enfermagem, engenharia agronômica, engenharia cartográfica e de agrimensura, administração, economia, direito, ciências contábeis, turismo e comunicação social/jornalismo.
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