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Carreira & Gestão

Capacitação

Chegada de internet rápida impulsiona empreendedorismo de mulheres em quilombo

Negócio apostando em peças artesanais exclusivas, voltadas para produtos do lar, e que serão comercializadas de forma online

 
 
Mulheres quilombolas com a artista plástica Kalina Rameiro (Fotos: divulgação)

 Mulheres quilombolas com a artista plástica Kalina Rameiro (Fotos: divulgação)

 
 

A chegada da internet banda larga à comunidade Mimbó, primeiro quilombo do Brasil totalmente conectado por meio de fibra ótica, acelerou o empreendedorismo feminino na região. Localizado na zona rural de Amarante, a 170 Km de Teresina, o quilombo lançará, até o final de julho, a marca Mimbó Artesanato com produtos para o lar, feitos pelas próprias mulheres. A venda será de forma online, por meio do site oficial e redes sociais.

São oito peças diferentes, entre jogos americanos, tapetes, ecobags, criadas pela artista plástica piauiense Kalina Rameiro e confeccionadas pelas mulheres da comunidade. A matéria-prima é oriunda partir de retalhos doados empresária Cláudia Claudino, proprietária da fábrica de roupas Guadalajara. O resultado do trabalho tem surpreendido e as primeiras peças prontas são vendidas de imediato, devido à qualidade do material, o design e à identidade com o quilombo.

As peças produzidas são todas exclusivas a fazem parte da marca Mimbó Artesanato
Jogos americanos

 

A ideia de transformar a vida da comunidade por meio do empreendedorismo já havia surgido em 2021, quando Cláudia Claudino e então vice-governadora Regina Sousa foram até à comunidade para fazer a doação dos retalhos e máquinas de costura para estimular as mulheres a desenvolverem novas peças a partir dos tecidos. A gestora, que percebeu o subaproveitamento do material, procurou então Kalina Rameiro para que ela treinasse as mulheres. A proposta foi aceita de imediato. O objetivo era transformar a realidade socioeconômica da comunidade, onde a maioria vive de agricultura familiar, aposentadoria e programas sociais como o Auxílio Brasil.

Ao mesmo tempo, a SPE Piauí Conectado, empresa contratada pelo Governo do Piauí para levar a internet banda larga a todos os 224 municípios do Estado, estava com planos de levar internet de forma gratuita, a alguma comunidade, como parte do trabalho social da empresa. No final dede 2021, Edson Ribeiro, presidente da Globaltask – empresa controladora da SPE Piauí Conectado, procurou Regina Sousa para que indicasse um local onde, além de levar à internet banda larga, a empresa financiasse um projeto social. Regina, que é negra, de origem humilde e ligada aos movimentos sociais, sugeriu então a comunidade Mimbó.

 

Os retalhos foram doados em 2021 pela empresária Cláudia Claudino (na foto, de branco, ao lado da hoje governadora Regina Sousa)

 

No final de março deste ano, a Piauí Conectado entregou a internet banda larga à comunidade, que possui 600 moradores e é o primeiro quilombo do Brasil com acesso à rede por fibra ótica. Batizado de Mimbó Conectado, o projeto de acesso à internet foi mais além do que apenas a conexão. Além dos seis pontos de acesso público e em todas as casas que possuem estudantes, o projeto também distribuiu tablets para os moradores, para facilitar a comunicação.

No mesmo mês, Kalina Rameiro iniciou o projeto de capacitação e desenvolvimento junto a 18 mulheres da comunidade. A artista plástica e designer, que tem mais de 30 anos de experiência no mercado piauiense, orientou as mulheres sobre como fazer a linha de produtos para o lar.

“Aproveitamos o tecido de algodão doado, de alta qualidade, para compor os produtos. Fizemos tudo no ateliê aberto na comunidade. Já estamos finalizando a coleção e as peças são exclusivas, com características regionais que existem apenas no quilombo. O material já está fazendo muito sucesso junto a clientes que estão tendo acesso às primeiras remessas”, afirma Kalina.

Ecobags
Produtos usam também elementos encontrados no quilombo, como plantas locais

O próximo passo é profissionalizar o negócio, o que já está em fase final. Na última segunda-feira, dia 27, 18  mulheres receberam o certificado do curso “Mulheres Empreendedoras”, feito pela Junior Achievement, organização pioneira em programas de empreendedorismo para crianças e jovens da América Latina.

O curso tratou sobre técnicas de vendas, planejamento de negócios e como conquistar clientes, além de precificação das mercadorias. Todas receberam certificados.

Uma delas foi Fernanda Rosa, que já tinha tentado abrir o próprio negócio algumas vezes, mas não conseguiu. “O curso foi muito importante. Dentre outras coisas, aprendemos que não devemos misturar as contas da empresa e as contas de casa”, relatou.

Mulheres quilombolas receberam o certificado do curso "Mulheres Empreendedoras"

Agora, toda a produção será comercializada pela internet, por meio de um site e do Instagram oficial da marca. A vitrine virtual será essencial para a divulgação do que for produzido no Mimbó.

Segundo Marta Paixão, presidente do Conselho Comunitário de Moradores da Comunidade Mimbó, o momento foi de grande importância para as mulheres da região que estão começando a empreender. “Não foi fácil porque já viemos de uma trajetória difícil. Recebemos com muito entusiasmo os projetos aqui entregues. É uma política de qualidade que alcança todo o potencial que o Quilombo Mimbó pode oferecer”, declarou Marta.

A líder comunitária Idelzuita Paixão ressalta que os tablets e os pontos de internet fornecidos através do Mimbó Conectado trazem mais qualidade na educação, além de geração de empregos e renda com a vitrine virtual. "Todos serão capacitados para saberem quais os produtos são mais vendáveis e como calcular valores, além de serem estimulados a produzir mais. A nossa expectativa é alta e o Mimbó passará a ser conhecido mundialmente, é um projeto que muda a realidade da comunidade”, diz.

Marta Paixão, líder comunitária do quilombo: "Recebemos com entusiasmo os projetos".

Para a coordenadora de projetos sociais da Piauí Conectado, Charlene Queiroz, a iniciativa ressalta que a força da mulher empreendedora está em evidência. “A mulher tem uma força extraordinária, sensibilidade e determinação que fazem toda diferença quando o assunto é empreendedorismo. Com essa capacitação, as empreendedoras do Mimbó ficarão mais preparadas e dinâmicas, capazes de montar e gerir seus negócios com mais segurança e rentabilidade”, afirmou.

“Agora elas vislumbram a possibilidade de crescer. As mulheres estão seguras, pois já estão vendendo alguns produtos, mesmo antes do lançamento oficial da marca Mimbó Artesanato”, disse Raimunda Costa, gerente de Relações Sociais do Governo do Piauí e uma das coordenadoras do projeto.

Quilombolas na sede da Piauí Conectado: internet levará a marca Mimbó para o mundo

O diretor-presidente da Piauí Conectado, Emerson Silva, diz que é de suma importância inserir a comunidade no cenário internacional. “Tenho certeza de que, com o poder da coletividade, podemos fazer isso através não só do artesanato, mas também da educação e do conhecimento, com a conectividade que estamos trazendo”, comenta.

“A comunidade precisa de independência e a conectividade traz variadas oportunidades. Com esse projeto, as mulheres passam a ter uma independência financeira importante para a autonomia que eles precisam ter”, apontou a governadora Regina Sousa.

O Quilombo Mimbó, fundado em 1819, e foi fundada por Martinho José de Carvalho, Raimunda Maria da Conceição, Augustinho Rabelo da Paixão e Rosário Maria da Conceição, dois casais que fugiram das marcas da escravidão no Pernambuco, ainda no século XIX, para viver no Piauí.

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