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Previdência
Corrigir o déficit público ainda não é unanimidade, diz Raul Velloso
Renomado economista piauiense diz que correção do déficit resulta em um alto custo para a população
Robert Pedrosa - redacao@pinegocios.com.br
Num momento quem o Congresso Nacional aprovou recentemente a Reforma da Previdência e o Piauí se prepara para fazer a sua para ajustar suas contas públicas, ainda há dúvidas entre os economistas sobre se deve-se ou não esperar para corrigir o déficit público.
O economista piauiense Raul Velloso, um dos maiores especialistas do Brasil em contas públicas, frisa que ainda há dúvida sobre a pergunta porque a correção do déficit público possui um alto custo para a sociedade.
Raul Velloso falou sobre o assunto logo após a palestra “Cenários, desafios e tendências de Crescimento da Economia”, proferida no Seminário Piauí 2100, realizado pela Academia Piauiense de Letras (APL) na última sexta-feira, 29.
“Há uma discussão muito grande sobre o que o Brasil deve fazer para lidar com a piora na situação financeira do setor público. Se ele deve atuar para corrigir ou não. Porque isso é uma situação sempre penosa, pois vai afetar vários segmentos da população e isso tem um custo muito alto para fazer”, afirmou o economista, que é Ph.D. em economia pela Unidade de Yale, nos Estados Unidos, uma das melhores do mundo.
Velloso ressalta que a dúvida é saber se deve-se esperar o tempo passar e deixar o déficit de resolver mais gradualmente. “Isso acontece porque, cada governo que entra, interpreta de um jeito, e age de um certo jeito”, comenta.
O Governo do Piauí deve enviar nos próximos dias, para a Assembleia Legislativa, a reforma da previdência para os servidores públicos. O projeto é apontado como uma solução para acabar, com o passar do tempo, o déficit do Estado com o sistema previdenciário, cerca de R$ 1 bilhão por ano.
Esses recursos deveriam estar sendo usados para investimentos, mas precisam ser deslocados para pagar a folha dos aposentados e pensionistas, porque o dinheiro da previdência reservado para o pagamento não é suficiente. A proposta da reforma é resolver esse problema.
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