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Princípios do lean: operações enxutas

 
 
 
 

Por conta da minha formação em Engenharia de Produção, os conceitos de operações enxutas sempre fizeram parte do meu repertório. Nos primeiros anos da minha carreira, tive a oportunidade de atuar como liderança em uma grande multinacional, onde pude vivenciar na prática as metodologias, ferramentas e princípios do Lean.

Originado no ambiente da gestão industrial, o Lean Manufacturing (ou Manufatura Enxuta) surgiu a partir da filosofia do Sistema Toyota de Produção, demonstrando que, por meio da eliminação de desperdícios, padronização de processos e medições adequadas, é possível impulsionar os resultados, aumentar a produtividade e aprimorar a fluidez dos processos e da comunicação interna.

O Lean, em todas as suas aplicações, tem como pilar fundamental a eliminação dos sete desperdícios clássicos, que são:

a) Superprodução – produzir além da demanda real;
b) Espera – tempo ocioso devido a atrasos no processo;
c) Transporte – movimentação desnecessária de materiais;
d) Processamento excessivo – etapas ou tarefas além do necessário;
e) Estoque excessivo – acúmulo de materiais ou produtos sem necessidade imediata;
f) Movimentação desnecessária – deslocamentos improdutivos de pessoas ou equipamentos;
g) Defeitos – falhas que geram retrabalho e desperdício de recursos.


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Autores mais recentes acrescentam um oitavo desperdício: o desperdício do talento humano, que trata do subaproveitamento e da má alocação de pessoas dentro da organização. Mas esse é um tema para outra coluna.

O sucesso da abordagem Lean permitiu que seu impacto ultrapassasse os limites da indústria e se expandisse para diversos segmentos de mercado, dando origem a novas aplicações, como:

a) Lean Office – otimização de processos administrativos e escritórios;
b) Lean Healthcare – melhoria na eficiência dos serviços de saúde;
c) Lean Farm – aplicação no agronegócio para reduzir desperdícios e aumentar a produtividade.

Nas próximas semanas, exploraremos como esse modelo de gestão, nascido na indústria, se transformou e se adaptou a diferentes setores, e como os sete desperdícios clássicos assumem novas formas dependendo do ambiente de negócios.

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Fonte: Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção

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