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Implementei, mas a equipe não está executando. E agora?

 
 
 
 

Recentemente, ao conversar com um empresário sobre os desafios do seu negócio e como nossos serviços de consultoria poderiam ajudá-lo, chegamos a considerações muito relevantes. A principal delas é que a empresa já possui ferramentas de gestão e parametrização de processos implementadas, mas sofre com a descontinuidade dessas iniciativas.

Estamos definindo duas ações para enfrentar essa realidade. A primeira é a revisão da adequação e do desdobramento dos processos; a segunda é o que precisa ser mudado na gestão do negócio para que os processos não "morram" após a implementação.

A implementação, por si só, não garante a execução.

Essa é a principal reflexão sobre o status atual dessa empresa, e talvez seja também a frustração de muitos gestores e empresários. Já discutimos várias vezes a importância da modelagem e da implementação inteligente, mas hoje quero abordar o "pós-implementação", ou seja, como fazer com que as pessoas realmente executem. Poderíamos oferecer um arsenal de ferramentas, checklists, sistemas de verificação de tarefas, etc. Ótimo! Tudo isso é relevante, mas por trás dessas soluções, existe uma cultura de execução?


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Lembro dos meus tempos na Ambev, quando tive um gerente de fábrica que nunca passava pelos setores sem verificar e cobrar o preenchimento dos quadros de gestão à vista, sempre destacando a importância deles. Sua presença era tão esperada que, antes de sua chegada, ocorriam pequenos "mutirões" para garantir que os quadros estivessem devidamente preenchidos. Com o passar dos meses, fomos inculturados não apenas a preencher os quadros, mas a entender o que eles nos diziam no cotidiano da fábrica.

Gestor, além de precisar ser insistente, você deve mostrar o propósito por trás daquilo que exige em termos de execução.

Contudo, isso jamais deve ser feito a partir de uma perspectiva de burocracia pela burocracia ou de ferramenta pela ferramenta, mas sim demonstrando como essa execução beneficia o todo. Vale destacar também que, para garantir a execução dos processos, o primeiro exemplo deve sempre vir do gestor. A execução desejada nunca acontecerá se eu for o primeiro a agir da maneira antiga.

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Fonte: Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção

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