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Expectativas claras, limites definidos, resultados melhores (parte 2)

 
 
 
 

Dando continuidade à nossa reflexão sobre a compreensão de que o bom funcionamento de uma empresa está no alinhamento das expectativas, desde aquelas demandadas pelos clientes até as tarefas e entregas internas, vamos desenvolver um pouco mais sobre o alinhamento da performance dos funcionários, especialmente quando eles são juniores.

Caso você não tenha estado conosco anteriormente, ou deseje retomar, na primeira parte discutimos sobre a importância do conceito de definição de "feito" como um forte aliado no alinhamento interno de entregas e na performance cotidiana dos colaboradores.

Contratar profissionais juniores ou um esquadrão de estagiários é uma estratégia comum devido ao custo-benefício entre o impacto dessas pessoas na folha de pagamento e a qualidade técnica das entregas. Cada vez mais concluo que isso é uma grande ilusão.


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Uma empresa não pode manter um padrão de qualidade alto com estagiários e profissionais juniores. Esse é, sem dúvida, um caminho sutil para uma série de problemas sistêmicos a médio prazo.


“Passos de gigantes não são dados com crianças.”


Por mais que vez por outra encontremos um grande talento que justifique essa estratégia, na regra, ela é insustentável. O resultado é perda de performance, clientes insatisfeitos, imaturidade interna e nível de serviço débil. Alinhar expectativas inclui também alinhar o que esperamos que a equipe entregue a partir do que ela pode oferecer.

Todo esse cenário se agrava com a entrada da geração Z no mercado de trabalho. O perfil comportamental desses jovens já traz muitos impactos nas organizações que não sabem lidar com eles. Os juniores de hoje não são os de cinco anos atrás. Empresário/gestor, se o seu conjunto de expectativas para com o seu negócio é alto, alinhe-o com o perfil e a senioridade das pessoas que você contrata.

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Fonte: Luis Henrique dos Santos - CEO da PRO Consultoria & Gestão e engenheiro de produção

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