Não é mais um anúncio de “saia do operacional”

Semanalmente recebo, no mínimo, uns 30 anúncios das mais diversas fontes com a chamada tentadora de “saia do operacional”. Algumas semanas atrás, quando publicamos o texto “A frustração do dashboard”, tivemos uma salutar repercussão acerca da proposta da crônica, que elucidava o fato da necessidade do gestor parar para analisar os resultados do seu negócio.

Na consultoria, ao atender gestores dos mais diversos segmentos, a demanda de “sair do furacão”, ou “gostaria de ter mais tempo para mim ou para novos negócios”, é sempre muito frequente. A solução não é simples e muito menos milagrosa. Ela toma tempo e dói.

Empreendedor tem mania de controle (começando por esse que vos fala). Abdicar da mania de controle é doloroso e precisa ser sistemática. Uma vez que isso exige, além do esforço pessoal, uma estrutura de processos minimamente fluida e funcional na empresa e uma liderança que responda à manutenção desses processos.

Associado a isso, uma comunicação com o nível superior efetiva, pontual e com os devidos filtros para que o “gerente geral” não seja apenas um atravessador de demandas.

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O que precisamos ter em mente é que ir para o estratégico não significa perder o controle do operacional. É ter o controle (pleno) sem necessariamente precisar estar lá. “Luis, disso tudo, o que é mais difícil?”. Nenhum dos itens é fácil, mas a pessoa, a figura da liderança, talvez seja a que tome mais tempo e eventuais substituições.

Ter medo de sair do operacional é normal, mas não se prender a ele, e muito menos ser irresponsável de, em poucos dias, querer ser o gestor exclusivamente de indicadores estratégicos. Faça a transição necessária de acordo com o nível de maturidade do seu negócio, tomando o tempo e estruturando os processos necessários para tal.

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