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Fundos imobiliários de lajes corporativas

Entenda o que são lajes corporativas e veja os impactos do home office em fundos imobiliários deste segmento

 
 
 
 

No texto dessa semana, gostaria de expor alguns detalhes sobre os fundos imobiliários do segmento de lajes corporativas.

 

Segundo André Bacci, no livro Introdução aos Fundos de Investimento Imobiliário, “mais da metade de todos os FIIs são de prédios, em particular prédios comerciais que alugam lajes. Laje, laje comercial ou laje corporativa são os nomes que se dá aos grandes espaços em grandes prédios, espaços esses que as vezes ocupam um andar inteiro. A ideia da laje é fornecer um amplo espaço sem paredes, que permita ao inquilino personalizar do jeito que quiser”. [1]

 

No livro Guia Suno Fundos Imobiliários, encontramos um sistema de classificação que divide as lajes corporativas em padrão A, B e C. “No padrão A estão os melhores imóveis, B são bons imóveis, mas que não apresentam todas as características dos edifícios comerciais de primeira linha, e C são imóveis não tão novos, porém ainda competitivos, mas que já perderam ou não possuem as melhores características de qualidade exigidas pelos clientes. Existem edifícios com características melhores que o A. Esses recebem, dependendo do avaliador, outras classificações como AA, AAA ou A+. Algumas dessas características são possuir lajes maiores que 1.000 m², heliponto, certificação LEED [2] e mais vagas de garagem por ABL – área bruta locável”. [3]

 

Compreendido o conceito de lajes corporativas, podemos pensar nos impactos que a pandemia de COVID-19 e as medidas de isolamento social, entre as quais o home office, podem causar neste segmento de fundos imobiliários.

 

Segundo Julia Arruda Botelho, CEO e sócia fundadora da Matchpoint, uma empresa especializada na gestão de ativos imobiliários, “durante a pandemia que estamos vivendo fica claro que podemos sim trabalhar em home office, principalmente, para uma atividade que necessita de mais concentração, mas perdemos muita agilidade com a distância. Um assunto que poderia ser resolvido no café em 5 minutos, agora pode demorar o dia inteiro para que todas as pessoas possam se conectar”.

 

“Além disso, muitas pessoas estão odiando trabalhar em home office chamando até de hell’s office, pois não conseguem criar uma rotina, se concentrar, sentem falta de interação com pessoas etc. O que eu acredito que vai mudar pós pandemia será a quantidade de reuniões externas e palestras. Os profissionais perceberam que podem fazer teleconferências e lives que o resultado é o mesmo ou muito parecido. Nesse sentido, teremos mais eficiência e menos custos, pois não haverá tempo de deslocamento”. [4]

 

Portanto, superada a pandemia que estamos enfrentando, imóveis de alto padrão, conforme a classificação que citamos acima, poderão voltar a ser normalmente ocupados; a renda dos fundos que possuem lajes corporativas não deve ser tão afetada como a daqueles FIIs que atuam no segmento de shopping centers, por exemplo.

 

Esse é mais um argumento para a importância da diversificação dos investimentos: ter aplicações em fundos de segmentos diferentes garante uma certa regularidade no recebimento de renda passiva mensal. Cada segmento responderá de uma maneira diferente a esta crise; logo, o investidor precisa dividir seus recursos em tantos quantos sejam possíveis, para minimizar eventuais perdas nos seus rendimentos.

 

 


Notas:

 

[1] Link para adquirir o e-book “Introdução aos Fundos de Investimento Imobiliário” na AMAZON: https://amzn.to/34tI47W

 

[2] LEED é uma sigla para Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Design Ambiental).

 

[3] Link para adquirir o e-book “Guia Suno Fundos Imobiliários” na AMAZON: https://amzn.to/3c42xCN

 

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Fonte: João Ricardo Imperes Lira - investidor

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