Carreira & Gestão
pesquisa
Mulheres do Piauí que ocupam cargos de gerência ganham até 34% menos que homens
Já entre as trabalhadoras de um modo geral, a diferença entre o salário dos homens cai para 6%
Emelly Caroline Alves - redacao@pinegocios.com.br
No Piauí, mulheres que ocupam cargos de gerência enfrentam disparidades salariais de até 34% em comparação com os homens. É o que revela o 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, divulgado no final de março pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE). O levantamento foi realizado após a promulgação da Lei nº 14.611, que estabeleceu a equiparação de salários entre mulheres e homens em julho do ano passado.
De modo geral, as trabalhadoras piauienses recebem, em média, 6,3% a menos que os homens. O estudo concluiu que Piauí é o estado com a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres, seguido por Sergipe (7,1%) e Distrito Federal (8,0%), enquanto a média nacional é de 19,4%.
A pesquisa examina ainda as diferenças salariais com base no recorte por raça/cor. As mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, são as que têm renda mais desigual. No Piauí, as mulheres negras ganham 22% a menos que as brancas.
Leia também
Mulheres piauienses foram as que mais migraram para investimentos conservadores
Participação das mulheres no setor têxtil e de confecção no Piauí é a maior do Nordeste
Comunidade de empreendedoras fortalece mulheres em Teresina
O estudo também destaca se as empresas têm políticas para igualdade de gênero, como flexibilidade de horários para apoio à maternidade. No estado, aproximadamente 39,7% das empresas têm planos de cargos e salários, enquanto 35,6% promovem mulheres para cargos de liderança.
O relatório foi elaborado com base em informações do eSocial, um sistema federal de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias. Em todo o Brasil, mais de 49 mil entrevistas com 100 ou mais funcionários forneceram informações relativas a 2022. No Piauí, 323 empresas com mais de 96 mil cargos foram entrevistadas.
No cenário nacional, a remuneração média das mulheres é de R$ 3.904 por mês, o que representa uma diferença de 12,7% em relação à média dos brasileiros, que é de R$ 4.472,00. Enquanto isso, os homens recebem mais do que a média nacional, com um salário médio de R$ 4.846,39.
Segundo os dados, o Espírito Santo apresenta a maior disparidade, com as mulheres recebendo 35,1% menos que os homens. Já em São Paulo, que possui o maior número de mulheres empregadas com carteira assinada, a diferença salarial é de 19%, próximo à média nacional de desigualdade salarial.
Siga o Piauí Negócios nas redes sociais
Tags
Mais de Carreira & Gestão
Network e aprendizado
Embaixada GV Teresina terá Carine Paiva abordando gestão e estratégia empresarial
Governança das empresas
Comentários